domingo, 11 de maio de 2008

Ao som da música.

Não há modo de descrever o efeito que aquela música causava em seu corpo todo. A vibração lhe dava um batimento acelerado do seu coração. A letra narrava a sua versão da história. Era uma história de dois, e nesse caso não há uma versão oficial e correta dos fatos, o que há são duas perspectivas diferentes, e cada uma correta - do seu ponto de vista. Não havia discussão, não mais.
A música continuava tocando e ele agora dançava. O ritmo ele não percebia, ele não via se dançava conforme a música, ele vibrava em ressonância com o som da música, com o som do sentimento da música, com o som do seu sentimento.
De olhos fechados só podia perceber os flashes de luzes coloridas. O salão estava cheio, muita gente dançava perto dele. Mas naquela multidão ele estava sozinho, ele se isolava.
(.....)
E a canção agora era seu sustentáculo, ela que o mantinha de pé, uma força invisível que o cercava. Ele se sentia livre, porém firme no meio do nada. Ele se sentia como se estivesse dentro de um recipiente gigante, cheio de um liquido viscoso no qual estava submerso, porém suspenso, na música. Ela invadia seus ouvidos, penetrava e saia de sua boca. A música se tornara nele simultaneamente interna e externa. Ela mantinha um fluxo próprio, porém equilibrado, mantendo uma isotonia entre o meio interior e exterior do que parecia ainda sê-lo. Foi quando ele viu que ele já não mais era o que foi até então, ela agora era a música.
E sua propagação seria inevitável, era como um sino depois da badalada: ressoa inevitavelmente. E com decibéis incalculáveis ele abraçará todo o espaço com sua vibração infinita, ele se expandirá fazendo toda matéria tremer. Ele ocupará cada canto do globo, cada espaço vazio. E nenhuma parede, muralha ou montanha poderá barrá-lo.
E quando todo o planeta estiver tomado sua expansão pelo universo será inevitável, e até o morador do mais longínquo ponto do espaço ouvirá sua voz; e se não houver morador sua voz ecoará no vazio e ele não obterá resposta. Sua voz era agora tão alta que de local algum ele receberá resposta, já não era possível ouvi-lo. Sua voz, seu som, sua música era agora apenas vibração cósmica.
(...)

Tem mais, só que não vou postar o resto não.

Possíveis leitores, grande beijo a todos.

4 comentários:

Nattália disse...

vou comentar antes de ler os posts novos (menino, vc posta demais! ahseiouase)
obrigada por ter ido lá ontem, foi bem divertido, ne?
pena que a porcaria do microfone não ajudou, mas tudo bem ;}
fiquei muito feliz por vc ter ido

ah! vc comentou no post do matheus, meu companheiro de blog
vc viu isso?
aseiashie

beijo, duran duran!

Anônimo disse...

Nossa, adorei muito esse último post...

muito obrigada por você ser meu amigo, por me ouvir (aturar ouvir as aventuras de uma vida fútil).

Te Adorooooo muitão
bjusss

Matheus Monteiro disse...

daquele tipo de post que vc vai sentindo o que o personagem e tá sentindo e termina de ler leve leve.

amei!

Eterna Poetiza disse...

Companheiro...
Amei...adoro suas escriats,rsrsrs
que bom que está gostando da estória, estou quase acabando...rsrsr

Adoro vc español...rsrsr

bjuh*